ENTREVISTA: Ana Baltazar, 44 anos, coordenadora do Núcleo de Gestão da Qualificação


Susana Gomes, Adilsa Rosita e Fer-nando Vaz

Qual a sua especialização?
Licenciatura em Sociologia – Faculdade de Ciências Sociais e Humanas – Universidade Nova de Lisboa.
Enquanto estudante, quais as suas disciplinas (cadeiras) prefe-ridas?
Português, História e Psicologia.

E as que menos gostava?
Matemática, Físico-química.

Foi sempre isto que ambicionou para a sua vida? Porquê?
Sempre quis trabalhar com pessoas e para as pessoas, pelo que se pode dizer que estou a fazer o que sempre desejei fazer.

Quais os seus objetivos de vida a longo prazo?
Continuar a trabalhar com muito afinco e profissionalismo, se puder fazer a diferença na vida de uma pessoa que seja, já valeu a pena! A nível material, ter dinheiro sufi-ciente para poder viajar sempre que me apetecesse. De resto, haja saúde que o resto virá por acrésci-mo!

O que faz nos seus tempos livres?
Gosto bastante de ler, viajar, ouvir música e pratico zumba.

Quais as suas funções enquanto Diretora Pedagógica (Coordenadora do Núcleo de Gestão da Qualificação)?



Assegurar o desenvolvimento de ações de informação e divulgação sobre as ofertas de formação pro-fissional disponíveis; Proporcionar informação, orientação e encaminhamento de jovens e de adultos que procurem uma formação escolar, profissional ou dual e visem
uma integração qualificada no mercado de emprego; Garantir o desenvolvimento de processos de reconhecimento, validação e certificação de competências adquiri-das pelos adultos ao longo da vida, por vias formais, informais e não formais, nas vertentes profissional e dual, em estreita articulação com outras intervenções de formação qualificantes; Efetuar o planeamento e a preparação das ações, em articulação com o núcleo de gestão administrativa e financeira, tendo em vista dispor das condições adequadas à execução do respetivo plano de atividades; Assegurar o desenvolvimento, o acompanhamento, a avaliação e a certificação das ações, internas e externas, previstas no plano de atividades; Prestar o apoio psicopedagógico e funcional aos formandos e contribuir para a identificação de entidades que assegurem a formação prática em contexto de trabalho e ou possibilitem a sua inserção profissional; Assegurar a validação dos percursos formativos realizados pelos adultos, na sequência de vários itinerários de formação modular ou de um processo de Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências que conduziram à conclusão de um percurso de qualificação constante do Catálogo Nacional de Qualificações, tendo em vista a emissão do certificado final de qualificação e do diploma; Promover o estabelecimento de parcerias para a qualificação com outros operadores públicos e privados de educação e formação, com empresas e outras entidades da economia social, com vista a potenciar os recursos humanos e materiais disponíveis, garantir uma
cobertura territorial compatível com as necessidades destes públicos e aumentar as oportunidades de inserção dos formandos; Colaborar na sensibilização das entidades empregadoras com vista à promoção de oportunidades de realização de formação prática em contexto de trabalho e de futuras integrações socioprofissionais.

Qual a sua opinião relativamen-te aos cursos de cabeleireiros?
Na minha opinião, e “puxando a brasa à minha sardinha” os cursos de cabeleireiros do IEFP são de elevada qualidade, com formadores profissionais e dedicados e com referenciais ajustados à realidade do mercado de trabalho. Acredito que os profissionais formados nesta casa, facilmente encontrarão o seu lugar nas empresas da área.

De todos os cursos em geral, qual acha que tem melhor saída profissional?
Na conjuntura atual, existe uma grande falta de profissionais qualificados nas áreas da cozinha/pastelaria e empregados de mesa/bar, pelo que qualquer formando que conclua com êxito um destes cursos tem colocação garantida.

Se tivesse que dar um conselho aos formandos sobre a oportunidade de obterem um curso pro-fissional, o que lhes diria?
O abandono escolar, motivado pelas mais diversas razões, está presente na nossa realidade escolar, sendo que se mostra imprescindível uma procura de soluções que resolvam ou minimizem esta situação. Os Cursos Profissionais surgem então com o objetivo de contribuir para a recuperação dos défices de qualificação escolar e profissional, proporcionando aos jovens e adultos um conjunto de ofertas diferenciadas que permitam o cumprimento da escolaridade obrigatória e a obtenção de qualificação profissional devida-mente certificada. Os formandos que ingressam neste tipo de cursos têm assim a oportunidade de se formarem como indivíduos qualificados capazes de ingressar eficazmente no mercado de trabalho, pelo que o conselho que dou a estes formandos é que devem “agarrar” esta oportunidade, ganhando assim as competências necessárias para que possam sonhar com um futuro melhor.

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